terça-feira, 17 de maio de 2011

Conto do milagre - Parte 1: O bilhete de João

Jorge era um homem honesto e de bom coração, mas todos temos defeitos,
e o maior defeito de Jorge, era sua inexplicável falta de fé.
Seu pai, João, alugava um estabelecimento que trabalhava como padeiro.Mas o dinheiro para manter a lanchonete estava muito curto e ele devia uma nota preta para o dono do local.

- Já estou quase sem esperanças meu filho. A coisa tá feia. - Disse João, chegando do trabalho.

- Olha pai, por mim você já tinha saído daquela espelunca. Mas você teimoso, desse jeito vai acabar perdendo tudo.

- Não meu filho! Vou continuar lutando. Eu sei que consigo, vou quitar essa dívida e Deus me ajudará! Tenho fé!

Jorge olhou seu pai como se ele fosse um louco, e deu um leve sorriso falso.

- Se você acha. - Disse ele ao pai.

- Não acho! Tenho certeza. Ele me enviará um milagre!

Jorge sem mais nem menos cai na gargalhada.

- Do que está rindo meu filho? - João fica sem entender a atitude do filho.
- Essa coisa de milagre não existe!- Disse Jorge saindo da sala.
Helena, mãe de Jorge, entra na sala e vendo o marido desolado, o abraça carinhosamente.

- Nosso menino cresceu João. Você ainda não se conformou?

- Ai mulher! Nosso garoto perdeu totalmente a fé. Não sei o que faço.

- Vamos orar por ele. Deus há de nos ouvir.

Dois dias seguintes...

João andava pela calçada voltando do trabalho quando sente que algo grudou em seu sapato. Quando retira o objeto do pés, uma surpresa.O objeto tratava-se de um bilhete premiado no valor de R$3.000,00. João ajoelhou e com as mãos voltadas para o céu gritou:

- OBRIGADA MEU DEUS! TU FOI, ÉS E SEMPRE SERÁS MEU SENHOR E ETERNO PODEROSO. CONFIO EM TI MEU DEUS MAIS QUE TUDO E TODOS NESSA VIDA!

Ao chegar em casa, reuniu todos na sala de estar. Jorge e sua mulher infértil, Maria e Helena.
- Diga logo João o que houve? - Perguntou Helena.

- Ok! Eu estava a caminho de casa, voltando do trabalho, quando pisei em alguma coisa que grudou em meu sapato. - Disse João ainda meio nervoso.

- E era o que chiclete? - Perguntou Maria.

- Ah, fala sério, vocês me chamam pra falar de um chiclete no sapato? Eu podia estar atrás de um emprego melhor para você pai. -Disse Jorge.

- Não! Me escutem. Era um bilhete premiado, com o dinheiro eu consigo quitar a dívida da lanchonete. E ainda posso comprar o local! Não vou perder nada!- Diz João alegre.

Todos vibram de alegria, mas Jorge fica na dele. Ainda como um cético.

- Foi pura sorte.- Diz ele.

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