quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Surto das 02:30

Se alguma vez te fiz mal ou disse algo que tirasse seu sorriso, me perdoe.
A morte nem sempre resolve seus problemas mas muitas vezes alivia a dor que eles causam.
Grande coisa dizer que o outro está errado. Ninguém é perfeito afinal.
Nem sempre eu consigo dizer o que eu quero, e as vezes a agustia sai em forma de palavras ofencivas.
Minha vida é uma bala de canhão, pesada e você nunca sabe onde vai parar.
Louco não é? Pois sou mesmo assim, louca.
Os olhos podem enganar, o sorriso também.
É difícil lidar sozinha com sua própria depressão quando o mundo inteiro acha isso um drama.
Contraditório não?
Dizer que uma doença não passa de uma frescura de alguém carente, e ao mesmo tempo dizer que duas pessoas do mesmo sexo não podem ficar juntas, e tratar isso como um "virus contagioso".
Homens podres esses meus colegas de planeta.
Olha só quanta injustiça entre 7 bilhões de pessoas.
Entre 7 bilhões de pessoas e eu aqui, achando que significo alguma coisa.
E quando vão me olhar realmente como ser-humano?
Quando eu vou me olhar como mulher?
Será que chegarei a ver meus netos crescerem?
Será que chegarei a ter netos? Filhos?
Aonde foi parar a minha doce esperança que me mantinha de pé?
Agora sutiulmente foge de mim. Oh dor que me entorpece, sai de mim.
Queria ser uma ilusão e não ter sentidos. Talvez fosse mas fácil ser uma maquina!
Enquanto escrevo, meu coração ainda bate.
Droga!
Não paro de escrever...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Minha querida consciência

Deve estar perdida por ai.
Ela correu como se o vento fosse faze-la voar.
Gritou na cara dos leões mais alto que seus rugidos.
Ela pulou muros e janelas, arrombou portas e descobriu passagens.
Viveu tentando driblar a angústia que a cercava sem cansar.
Mentiu para sobreviver a guerra das injustiças.
Omitiu para garantir aliados.
Disse a verdade a todos que mereciam ouvir.
Rogou pragas para assassinos de sonhos.
Rezou comida para os famintos.
Gemeu de agonia por não poder salvar o mundo.
Sorriu quando amou, e desabou em lágrimas pelo mesmo motivo.
E continua a correr, a voar, e a velejar.
Ela tentou encontrar o caminho de volta, mas seus rastros foram apagados pelo vento que soprava as lembranças pra longe.
Ela corria, e sabia que nada adiantaria olhar para trás.
Agora deveria seguir em frente sempre.
Ja que o nunca não chega.
Logo estará tarde.
A lua ja vem brilhar.
Um dia ela me encontra.
Um dia.

Leka Ribeiro