segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Grito do Rock (evento)

Ultimo dia do evento esse ano..'

Tem uma moça no palco mas ela não faz nada a não ser trocar de roupa a cada banda que sobe pra tocar.
Ela é loira e tem uma tatoo no braço. O corpo bonito. Acho que é daquelas que se vc perguntar qual a profissão ela responde "ah, eu sou gostosa"

A fumaça para no ar, mas não é só a fumaça dos efeitos de luz... ah, vcs me entendem né?!

Tem uma banda argentina onde a guria que é vocalista parece ter saído de um desenho de anime. O cabelo rosa parece até de mentira!

Haha' achei engraçado quando vi que na plateia tinha um cara alto com um rato no ombro. Sim. Um rato. Preto. Era até fofo! O rato. Não o cara.

O chão do palco brilha de suor, enquanto eu sinto tremer até a alma com o volume das caixas de som.

O mito de que shows de Rock so dão caras barbudos, cabeludos, e também gatos estilosos... é pura realidade! Senti por um momento meus quinze anos voltando, quando meus olhos ficaram vidrados em certas belezas alheias.

Tinha gente na plateia mechendo a boca fingindo que sabia cantar as músicas. Eu ri. Porque eu também não sabia.

Os efeitos de luz misturados com os solos de guitarra, me fizeram sentir naqueles filmes onde a adolescente se rebela e começa a usar preto e ouvir bandas punks! Eu ja passei por isso.

Sobre o ar condicionado do teatro ter queimado. Ahh! O calor humano...

A placa de "Proibido fumar" estava la na parede. Mas cara, estamos em um país sem regras certo?! Pois é, a galera la sabia bem disso.

A adrenalina nesses tipos de shows, é como se pulasse de um lugar bem alto  e ficasse planando no ar. Quero mais.

No fim.. fiquei me vendo naquele palco. E sim, eu preciso aprender a tocar  guitarra.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Meia Noite

Mágoas virão pra a gente crescer
O que não te mata faz fortalecer
Errar é humano, errar é viver
A consciência não existe mais
Vivemos lutando tentando a paz

Uns agem como humanos outros agem como animais
Uns figem bom senso outros figem ser irracionais
Vivemos lutando tentando a paz
Será que existe gente que mente com o coração?
Enquanto outras verdades são ditas com razão?

O orgulho é instinto? Será extinto o amor?
O homem sofre, mas engole a própria dor
Tem gente que vive com medo de flor
Está escrito e marcado na pele de cada um
Somos todos por eles e eles por nenhum

Feito fogo, a inveja arde
Tem gente que espera e ja é tarde
Não foge, assume, que sua cara se encarde
Encarde de pecado, de fraquesa humana
De melancolicos gritos dessa mente insana

Enquanto isso, cai a madrugada
Fria ou quente, sempre embreagada
Dessas minhas memórias desfocadas
O sono vem e morre o desespero
Nas plumas macias do travesseiro


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Amor de botão

Me apaixonei por uma ilusão.
Um sonho desenhado em botão.
Daqueles que se prende em mochila.
Um personagem. Uma mentira.
Eita, credo! Doida eu? Me nego.
Herói de brinquedo, Rhuan, Leonardo, Alfredo,
Sei lá que nome era mas, era.
Quem dera, poder pintar aquele rosto.
Pintar aqui do lado do meu travesseiro.
E quando chegar o verão em Janeiro
vou contar meu nome, Carolina!
E quem sabe na esquina, ele me salve, Jorge!
Caio, Lucas, Matheus.
Deus me livre esses amores meus.
Que dentre cores e flores, perdi a consciência.
Mas não a inocência. Ah! Doce inocência que ainda mora em mim.
Não se perca em João, Gustavo ou Joséfim.
Faz morada naquele jardim de contos e desencontros.
E em meio aos pontos, finais e vírgulas, escreve em outras línguas
minha história, deixa as mágoas na memória e pronto.
Cresci. Mas ainda não vivi. Solta, livre, deixa eu sair.
Com o Antônio, O Gabriel e o David.
Só mantém por perto aquela lagarta, porque se criar asas, bau,bau. Fugi.


Cauã.

Hoje eu estava no ônibus. O mesmo de sempre. Lotado como sempre. Eu, de pé, como sempre.
Balançava de um lado para o outro num calor insuportável. O mesmo calor de sempre.
Já estava ficando entediada naquele longo caminho da faculdade de volta para casa,
quando três crianças entraram no ônibus, que talvez não fosse o mesmo ônibus de sempre deles.
Haviam duas meninas, e um menino. As meninas deviam ter 9 e 11 anos.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o menino, Cauã. Devia ter uns 9 ou 10 anos.
Estava descalço, e devia estar voltando da escolinha ou de algum parquinho na rua.
Ficou do meu lado e não quis se segurar em nenhum apoio e eu disse que era melhor se segurar ou iria cair e poderia se machucar! E ele apenas abriu as pernas e se equilibrou sem medo daquele ônibus lotado.
E eu? Eu estava louca pra sair dali. Não suportava que me apertassem entre as costas ou a barriga, suava e morria de sede. E ele? Ele estava lá mostrando que podia dominar aquele espaço. Um espaço que era só dele, e ele não precisava de apoio algum. Porque ele tinha coragem.
Engraçado. Eu morrendo de sede e louca pra sair dali. O Brasil ficando sem água. E o Cauã, o Cauã só esperava que o ônibus não freasse bruscamente e atrapalhasse seu equilíbrio.
Foi então que a menina, a mais velha, pegou as mochilas dos mais novos e sentou-se nas cadeiras preferenciais. Aquelas vermelhinhas sabe?! Sentou feliz pois estava cansada. Ela brilhava suor.
Enquanto os pequenos brincavam de se equilibrar, ela apenas segurava as mochilas, sentada, tranquila.
Então chegou uma senhora. Não era velha não. Mas por respeito...
A mulher perguntou para a criança se ela não ia levantar, e se desceria logo do veiculo. 
Ela também estava cansada. 
A menina disse que desceria três pontos a frente.
A moça a olhou com desprezo e perguntou mais uma vez se ela não ia levantar.
A criança na maior inocência respondeu que estava sentada para segurar as mochilas dos irmãos.
Mas a mulher não se importou. Ela era mais velha (nem tão velha), e também estava cansada e disse que queria se sentar encarando a garotinha como se ela fosse um ser de outro mundo.
Foi quando a menina entendeu que precisava levantar e dar o acento para aquela senhora. 
Ela apenas pegou as mochilas tentando se equilibrar em uma mão só, e ao mesmo tempo ficar de olho nos irmãos pequenos. E eu só observava. A minha sede passou. E eu não ligava mais para o calor.
Eu só queria que aquela garotinha chegasse logo em casa para se sentar em um sofá confortável sem ninguém a encarando. E o Cauã?
Eu só queria que ele não caísse.
Eles desceram do ônibus e fiquei imaginando como seria a casa deles.
Provavelmente algum lugar simples, cheio de paz, por ter a presença do sorriso daquelas três crianças que fizeram de um transporte público, diversão e conforto.
Onde outros olhos, como os meus, não enxergam o mesmo.
E o Cauã? O Cauã somos todos nós, antes de encarar a realidade da vida.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sob/Sobre o pôr -do-sol

Fiquei esperando o pôr do sol
Enquanto a brisa me abraçava
E o doce balanço das ondas do mar
Suavemente me inspirava
E pra longe toda negatividade levava
O vento cantava ahuuu ahuu uhuu

E quando o sol se pôs
Fiquei esperando a lua chegar
Enquanto as nuvens se escondiam
E as estrelas começavam a brilhar
O tempero da natureza é o mar
Deixa o vento cantar ahuu ahuu uhuu

A melodia não para de tocar
Durante o dia é hora de sonhar
Debaixo dos raios do sol
Você é a lua e o farol