quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Amor de botão

Me apaixonei por uma ilusão.
Um sonho desenhado em botão.
Daqueles que se prende em mochila.
Um personagem. Uma mentira.
Eita, credo! Doida eu? Me nego.
Herói de brinquedo, Rhuan, Leonardo, Alfredo,
Sei lá que nome era mas, era.
Quem dera, poder pintar aquele rosto.
Pintar aqui do lado do meu travesseiro.
E quando chegar o verão em Janeiro
vou contar meu nome, Carolina!
E quem sabe na esquina, ele me salve, Jorge!
Caio, Lucas, Matheus.
Deus me livre esses amores meus.
Que dentre cores e flores, perdi a consciência.
Mas não a inocência. Ah! Doce inocência que ainda mora em mim.
Não se perca em João, Gustavo ou Joséfim.
Faz morada naquele jardim de contos e desencontros.
E em meio aos pontos, finais e vírgulas, escreve em outras línguas
minha história, deixa as mágoas na memória e pronto.
Cresci. Mas ainda não vivi. Solta, livre, deixa eu sair.
Com o Antônio, O Gabriel e o David.
Só mantém por perto aquela lagarta, porque se criar asas, bau,bau. Fugi.


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