quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Minha querida consciência

Deve estar perdida por ai.
Ela correu como se o vento fosse faze-la voar.
Gritou na cara dos leões mais alto que seus rugidos.
Ela pulou muros e janelas, arrombou portas e descobriu passagens.
Viveu tentando driblar a angústia que a cercava sem cansar.
Mentiu para sobreviver a guerra das injustiças.
Omitiu para garantir aliados.
Disse a verdade a todos que mereciam ouvir.
Rogou pragas para assassinos de sonhos.
Rezou comida para os famintos.
Gemeu de agonia por não poder salvar o mundo.
Sorriu quando amou, e desabou em lágrimas pelo mesmo motivo.
E continua a correr, a voar, e a velejar.
Ela tentou encontrar o caminho de volta, mas seus rastros foram apagados pelo vento que soprava as lembranças pra longe.
Ela corria, e sabia que nada adiantaria olhar para trás.
Agora deveria seguir em frente sempre.
Ja que o nunca não chega.
Logo estará tarde.
A lua ja vem brilhar.
Um dia ela me encontra.
Um dia.

Leka Ribeiro

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